sábado, 7 de julho de 2007

A SÍNDROME DO MAL ATENDER

Parece que há uma epidemia. Uma situação generalizada. Uma síndrome que parece estar fora de controle.
De uns bons tempos pra cá, tenho ficado muito irritada com a inaceitável forma de atender de quem se dispõe a pôr um negócio na praça. O sujeito tem que passar por tantas etapas cansativas pra realizar aquele sonho, investe dinheiro, tempo, suor e lágrimas. Escolhe um bom ponto para atuar. Contrata pessoas para estarem à frente, no atendimento, muitas vezes passando por treinamento! Assim, são consideradas prontas e capacitadas para tal função.
Finalmente, está pronto e aberto ao público o seu resultado!! Orgulho!
Então, vamos nós, pobre público usuário, prestigiar a tal empresa, que tem exatamente o tal produto de que necessitamos! E poxa, foi tão bem anunciadinho, vendeu uma imagem tão boa!
Nesse momento é que tenho me deparado com comportamentos que, pelo menos pro meu modo de entender, fogem completamente do padrão de um negociante que deseja CONQUISTAR seu cliente. Aquela máxima, a primeira impressão é a que fica, tratar bem pra que se tenha vontade de voltar, de consumir!! Não seria esse o objetivo??
É, mas a coisa tá difícil, a cara feia tá mandando ver! Quando procuro algum serviço, produtos em loja, tenho suores só de ver que se esboça aquele monstro do mau atendente, vendedor, qual seja o nome! Afinal, qualquer que seja ele, se o cara é garçom, maitre, diretor de escola, balconista de loja, dono de loja de tijolos, entregador de pizza... o que interessa é que aquela empresa deve estar interessadíssima em ser bem representada, em atender com o básico da boa educação! Mas parece que agora qualquer bosta de atendimento serve, se a gente quiser falar mal, fala...se não quiser mais o produto, azar... não se sentem, por isso, com o menor medinho de perderem o mais precioso! Dá raiva sentir que há desprezo por quem consome! Porra, que burrice!
Muitas vezes, já senti a pergunta saindo..."você não tem medo do desemprego?"
É, na prática, todos temem demais o desemprego. Mas vejo muuuuuuuuuuita gente não honrando o santo emprego que já tem. Não usando com dignidade o espaço que conseguiu conquistar, ou que algum desavisado tenha lhe dado com boa intenção.
O jeito é desprestigiar violentamente quem foi contaminado por essa síndrome e , em contrapartida, valorizar quem se valoriza!